O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (22), enquanto investidores precificavam os possíveis rumos da política tarifária dos Estados Unidos com a chegada de Donald Trump à presidência.
A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,94, menor valor desde 27 de novembro, quando ficou em R$ 5,91. Na mínima da sessão de hoje, foi negociada a R$ 5,91.
Na terça-feira (21), Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia. Também considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá.
Apesar das afirmações do republicano, a falta de medidas concretas sobre o tema beneficiou o real e outras moedas ao redor do mundo.
Nesta quarta, o mercado também monitorou as discussões no Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, na Suíça, e seguiu atento aos desdobramentos das contas públicas brasileiras.
Na agenda, balanços corporativos e dados econômicos locais e internacionais ficaram no radar.
Diante do cenário, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, oscila entre altas e baixas.
O que está mexendo com os mercados?
Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados nesta quarta. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível “tarifaço” a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global.
Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro.
O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países.
Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil “é excelente”, mas destacou que a região “precisa mais dos Estados Unidos” do que o contrário.
Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista, priorizando o fortalecimento da atividade doméstica e limitando a concorrência estrangeira.
Por isso, investidores estão incertos sobre os impactos econômicos das medidas do republicano e os efeitos que essas propostas podem ter no Brasil.