INSS vai devolver R$ 292 milhões a aposentados com descontos ilegais

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está em processo de devolução de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas, totalizando aproximadamente R$ 292 milhões. Esses descontos, realizados por associações e sindicatos sem autorização dos beneficiários, foram identificados em auditorias realizadas pelo próprio INSS e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A estimativa é que cerca de 1,1 milhão de aposentados tenham sido afetados, com valores médios de R$ 43,12 por mês descontados sem consentimento .

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O esquema de descontos irregulares, denominado "Farra do INSS" ou "Aposentão", envolveu ao menos 11 entidades e resultou em um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A operação "Sem Desconto", deflagrada em abril de 2025, identificou que a maioria dos aposentados não havia autorizado tais descontos

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Para reverter os prejuízos, o INSS está bloqueando os descontos não autorizados e implementando medidas para garantir que apenas descontos com autorização biométrica sejam permitidos. Além disso, está sendo discutido um plano de ressarcimento para os beneficiários afetados.

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Aqueles que identificarem descontos indevidos em seus extratos podem solicitar a exclusão diretamente pelo aplicativo ou site Meu INSS. Em casos de não devolução dos valores pelas entidades responsáveis, o INSS pode intervir para garantir o ressarcimento, conforme previsto pela legislação

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O governo também está buscando bloquear bens e valores de associações suspeitas para garantir o ressarcimento dos aposentados lesados. No entanto, ainda não há uma previsão exata para o início do

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Se você é aposentado ou pensionista e identificou descontos não autorizados, é recomendável acessar o Meu INSS para verificar e, se necessário, bloquear esses descontos. Em caso de dificuldades, o INSS está à disposição para auxiliar na resolução dessas pendências

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ENTENDA O CASO

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A cobrança em folha da mensalidade associativa é permitida desde 1991, com a entrada em vigor da Lei dos Benefícios da Previdência Social. Ela é feita com base em Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados entre o INSS e entidades, para as quais os valores deduzidos das aposentadorias e pensões são posteriormente repassados.

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Dois relatórios recentes da Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que a situação já vinha sendo apurada administrativamente pelo menos desde o primeiro semestre de 2024.

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A Operação Sem Desconto, deflagrada no último dia 23, levou à exoneração imediata do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi substituído por Waller. Quatro dirigentes do INSS e um policial federal em São Paulo também foram afastados cautelarmente de seus cargos.

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Poucos dias depois, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixou o comando da pasta.

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Após a operação, o INSS suspendeu todos os acordos de cooperação com associações, sindicatos e entidades, interrompendo também os descontos automáticos de milhões de beneficiários.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) criou um grupo especial para adotar medidas judiciais e administrativas a fim de recuperar o prejuízo, ressarcir os beneficiários afetados e implementar novas medidas contra fraudes.

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Por decisão judicial, mais de R$ 1 bilhão em bens de investigados já foram bloqueados para possível reparação dos danos. A AGU também solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades associativas.

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Dados do INSS e da CGU apontam para um aumento expressivo nos valores descontados como mensalidades associativas desde 2016:

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  • 2016: R$ 413 milhões
  • 2017: R$ 460 milhões
  • 2018: R$ 617 milhões
  • 2019: R$ 604 milhões
  • 2020: R$ 510 milhões
  • 2021: R$ 536 milhões
  • 2022: R$ 706 milhões
  • 2023: R$ 1,2 bilhão
  • 2024: R$ 2,8 bilhões
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As reclamações seguiram a mesma tendência. De janeiro de 2023 a maio de 2024, o INSS recebeu mais de 1,163 milhão de pedidos de cancelamento de cobranças, a maioria alegando falta de autorização por parte dos beneficiários ou seus representantes legais.

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo federal irá ressarcir todas as vítimas de descontos ilegais, utilizando os bens apreendidos dos envolvidos no esquema.

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“Ninguém vai ficar prejudicado nessa conta. Todos serão ressarcidos”, afirmou Tebet. Ela acrescentou que, se os bens apreendidos não forem suficientes, a União poderá complementar com recursos públicos, mas com responsabilidade e apenas para quem realmente tem direito à restituição.

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