Entre Curitiba e o Litoral do Paraná, a concentração de nuvens segue alta nesta quarta-feira (14) com chuviscos ocasionais. Nos próximos dias a situação na região vai mudar e ficará parecida com o que acontece no Sudoeste, Oeste e Noroeste do Paraná neste mês de maio: o tempo seco tomará conta de quase todas as regiões do Estado e a umidade relativa do ar vai baixar. A condição de redução da umidade permanecerá crítica, principalmente no período da tarde, até a terça-feira (20).
A partir desta sexta-feira (16), no Sudoeste, Oeste e Noroeste, até o Norte, os índices de umidade já devem ficar abaixo dos 40%, podendo chegar abaixo de 30% em algumas regiões. No fim de semana essa condição deve se espalhar para praticamente todo o Paraná, com exceção do Litoral.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), uma movimentação de massas de ar favorece essa condição. O conceito de massa de ar está associado a um grande volume de ar com características de temperatura e umidade bastante semelhantes.
“Nessa época de outono e inverno costumam atuar sobre o Sul do país massas de ar polar, que se formam sobre a Antártida e acabam avançando sobre a Argentina. Essas massas costumam ser bastante frias e secas e produzem, normalmente, a queda mais acentuada das temperaturas. Em contrapartida, também atuam massas de ar mais aquecidas e secas, que se formam no Centro-Oeste do País, uma área em que tem pouca chuva e temperaturas mais elevadas nesta época do ano”, explica Samuel Braun, meteorologista do Simepar.
“É uma situação muito comum aqui no Paraná a mudança na direção dos ventos, que acaba favorecendo o ingresso de umidade do oceano. Nessas condições, então, esse ar mais frio e seco adquire umidade e dessa forma ele acaba alterando as características da massa de ar, tornando-a fria, ainda com temperaturas baixas, mas com maior concentração de umidade”, conta Braun.
UMIDADE
A mudança na direção dos ventos aumentou a nebulosidade entre a região central e o Leste do Paraná, inclusive com registro de garoa e chuva fraca ocasional até esta quarta-feira. Mas esta umidade não conseguiu avançar para as regiões Oeste e Noroeste, que tiveram umidade relativa do ar na faixa de 50% a 60% nos últimos dias, no período da tarde.
Uma nova mudança na direção dos ventos deve transportar um ar mais seco e piorar as condições de umidade. “A direção dos ventos deve passar a predominar do quadrante norte, e dessa forma transporta um ar mais seco, proveniente da massa de ar que predomina sobre o Centro-Oeste do país em direção ao Paraná”, explica o meteorologista.
Por conta dessa mudança, a partir de sexta-feira, no Sudoeste, Oeste e Noroeste, até o Norte, principalmente no período da tarde, os índices de umidade já devem ficar abaixo dos 40%, podendo chegar abaixo de 30% em algumas regiões. No final de semana essa condição deve se espalhar para praticamente todo o Paraná, com exceção da região litorânea, onde em função da proximidade com o oceano, normalmente os índices de umidade costumam ficar mais altos.
“Essa condição de umidade baixa predomina entre a sexta-feira, sábado e domingo e até o início da próxima semana. Provavelmente apenas na quarta-feira teremos o avanço de um novo sistema frontal, e com isso o retorno da chuva ao Paraná”, ressalta Braun.
AMPLITUDE
A característica amplitude térmica de outono segue na próxima semana no Paraná. As manhãs serão frescas e as tardes terão temperaturas mais altas, principalmente por conta dessa massa de ar seco. Entre sábado até terça, nas regiões Oeste, Noroeste e Norte, as máximas podem ultrapassar os 30°C.
SAÚDE
A Secretaria da Saúde reforça a importância de cuidados simples, mas essenciais. Mesmo nos dias mais frios, é fundamental manter a hidratação. O ar seco favorece crises alérgicas, problemas respiratórios e o ressecamento das mucosas. Beber bastante água, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes e manter os ambientes umidificados são atitudes que ajudam a proteger a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
A Sesa também orienta a população a redobrar a atenção com a qualidade do ar em ambientes fechados, manter a ventilação natural sempre que possível e, nos casos de sintomas como tosse seca persistente, dificuldade para respirar ou agravamento de doenças respiratórias pré-existentes, buscar atendimento médico.
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