Quem não abre mão de um cafezinho está sentindo o peso no bolso. O preço subiu no mundo todo, e não deve baixar tão cedo. Uma bebida que é um hábito para muitos brasileiros. O tradicional cafezinho nosso de cada dia está mais caro.
O café atingiu o maior preço dos últimos 28 anos e a notícia ruim é que o produto deve continuar caro em 2025. Os problemas nas últimas safras e a desvalorização do real explicam esse aumento.
A Conab prevê uma safra de 51,8 milhões de sacas em 2025, queda de 4,4%. Se o café está caro, o jeito é pensar em alternativas para não pesar no orçamento em casa, alternativas para garantir o consumo de um item essencial na vida de muitos brasileiros.
Entre os fatores, a produção deve ser afetada por adversidades climáticas, como restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração, que impactaram a produtividade.
Em 2024, Brasil exportou 36,94 milhões de sacas, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O volume é o maior da história para essa espécie, equivale a 73,2% do total exportado no ano passado.
Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, explica que a performance do mercado brasileiro reflete o cenário global, que vive momento de oferta restrita e a consequente elevação dos preços.
“Grandes produtores, como Vietnã e Indonésia, tiveram safras menores devido a adversidades climáticas. Com o consumo mundial se mantendo aquecido, foi natural o aumento dos preços e o crescimento dos ingressos com nossos embarques”, afirma.
Para Gil Barabach, consultor de Safras & Mercado para café, a alta de preço pode trazer maiores retornos aos agricultores, mas são obstáculos para indústrias e comerciantes que precisam repassar o custo ao consumidor final.
“As altas deste ano já vem impactando as indústrias, que vem aumentando os preços internos e repassando para o consumidor. Ainda há espaço para subir mais, já que os estoques que as indústrias trabalham são de curto prazo”, ressalta.