O ex-companheiro de Ana Paula Veloso Fernandes, a mulher classificada como “serial killer” e acusada de quatro homicídios, denunciou uma série de ameaças, perseguição e falsa comunicação de crimes supostamente cometidos por ela.
Ele entrou com uma ação contra Ana Paula na Justiça do Rio de Janeiro em março de 2024. Em fevereiro deste ano a ação foi suspensa pois o caso já está sendo investigado em outro inquérito.
Na denúncia apresentada, o homem alegou viver sob intimidação e com seu direito de ir e vir tolhido. Em depoimentos à Justiça, ele acusou a ex de atitudes como automutilação, com o intuito de incriminá-lo, visando a posse de sua casa.
Conforme depoimento, ele acusa a ex-companheira, a irmã e o cunhado dela de roubarem a casa, além de terem incendiado o terreiro de sua família e quebrado imagens religiosas.
Em uma das mensagens, a suspeita diz que o ex-companheiro tem dois dias para “retirar tudo do barracão”, caso contrário “sairá (sic) 3 caixões” do local, fazendo alusão a vítima e seus familiares.
Ele relata que Ana Paula é “envolvida com bandidos” e utiliza medidas protetivas para afastá-lo de sua própria residência e que a filha da investigada teria, supostamente, testemunhado a seu favor.
Alcunha de serial killer
Ana Paula foi classificada como uma “verdadeira serial killer” pela Justiça de São Paulo. Segundo a polícia, ela tentou ativamente enganar a polícia durante as investigações dos quatro homicídios por envenenamento a ela imputados, incluindo a morte de Neil Corrêa da Silva pela feijoada envenenada.
A acusada chegou a simular ameaças contra si mesma, enviando mensagens, e imputou falsamente a prática de um dos homicídios a um antigo amante.
A Justiça destacou que Ana Paula manipulou dados e informações com o objetivo de se desvincular das mortes e atribuir a responsabilidade a terceiros. Ela também inventou ter recebido um bolo envenenado. Os crimes, ocorridos entre janeiro e maio de 2025, seguiram um modus operandi de envenenamento e motivo torpe.
As vítimas são Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Hayder Mhazres e Neil Corrêa da Silva. Ana Paula demonstrou conhecimento técnico sobre o uso e dosagem do produto letal, e confessou à Polícia Civil ter matado dez cachorros para testar o efeito do veneno.
A Justiça decretou a prisão preventiva dela, que se encontra no sistema prisional.