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No PR, mãe e filha em cárcere privado jogaram bilhetes pela sacada para pedir ajuda; vizinho achou na portaria

Caso aconteceu em Pinhais. O suspeito, Glauber Gandra Severino, era conhecido das vítimas e foi preso em flagrante. Homem não possui defesa constituída.
Foto: Reprodução

A mãe e filha que foram mantidas por dois dias em cárcere privado por um conhecido da família em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram resgatadas após conseguirem escrever bilhetes pedindo socorro.

Segundo o delegado Gustavo de Pinho, as vítimas escreveram quatro bilhetes entre a noite de sexta-feira (11) e a madrugada de sábado (12), enquanto o suspeito, Glauber Gandra Severino, dormia. Os papéis foram jogados pela sacada do apartamento onde elas estavam presas.

Um vizinho encontrou um dos papéis na entrada do prédio na manhã de sábado, avisou a síndica e acionou a Polícia Militar (PM-PR), que resgatou as vítimas e prendeu o suspeito no mesmo dia.

Em um dos bilhetes, estava escrito:

“Por favor, nos ajude! Estamos em cárcere privado, eu e a minha mãe. Ajude-nos, pois não posso usar o celular! Avise a síndica! Que a polícia venha e entre pela sacada, sem alarde!”.

As vítimas contaram à polícia que conheciam Glauber porque ele havia tido um relacionamento amoroso com uma prima delas. Ele também morou no mesmo prédio de mãe e filha em 2023 – e, por isso, tinha as chaves da entrada.

Segundo o delegado, ele conseguiu entrar no apartamento na quinta-feira (10) depois que uma das mulheres saiu para ir à farmácia e as manteve amarradas, em um quarto, na maior parte do tempo.

O crime teve motivação financeira, de acordo com o policial.

“No interrogatório, ele relatou que estaria passando por dificuldades financeiras, que teria perdido o emprego recentemente e resolveu praticar tal conduta, uma vez que teria conhecimento de que as vítimas tinham poder aquisitivo maior”, disse.

As vítimas contaram que o homem as obrigou a preencher dois cheques, e ainda pegou cartões bancários e as senhas deles para efetuar saques.

Bilhete com pedido de socorro — Foto: PMPR

Até a última publicação desta reportagem, Glauber ainda não tinha defesa constituída.

Fonte: g1.com