O Paraguai e a Argentina anunciaram medidas de aumento da fiscalização na fronteira com o Brasil, motivadas pelo risco de fuga de criminosos de facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na Argentina, a ministra da Segurança Pública, Patricia Bullrich, informou que o governo de Javier Milei classificou o CV e o PCC como organizações narcoterroristas e acionou o “alerta máximo” nas áreas de fronteira. O comunicado destaca que a medida visa prevenir uma possível “debandada” de criminosos e orienta que agentes estejam preparados para identificar sinais característicos desses grupos.
Ministra da Argentina afirmou que todos os brasileiros serão minuciosamente vistoriados.
No Paraguai, o Conselho Nacional de Segurança informou que brasileiros passarão por exames mais rigorosos ao tentar entrar no país, em resposta à megaoperação realizada nesta semana contra o crime organizado no Rio de Janeiro. Desde a manhã de quinta-feira (30), houve aumento no número de policiais e nas abordagens a veículos que cruzam a fronteira, além do início de operações de inteligência para monitorar possíveis tentativas de entrada de integrantes do CV procurados pela Justiça brasileira.
“Diante da situação, as instituições nacionais com competência em segurança adotaram medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a faixa fronteiriça do leste do Paraguai”, destacou o órgão em nota oficial.
Estimativas indicam que, em um dia comum, cerca de 35 mil veículos e mais de 9 mil pessoas passam pela ponte diariamente, incluindo travessias a pé.