A cidade de Katueté, no departamento de Canindeyú, no Paraguai, viveu momentos de terror na madrugada desta quinta-feira (30). Cerca de vinte homens fortemente armados, vestidos com roupas táticas e equipados com tecnologia de ponta, invadiram uma agência do Banco Itaú e levaram aproximadamente US$ 900 mil após uma série de explosões.
Segundo a promotora Clider Velázquez, responsável pela investigação, o ataque ocorreu entre 2h e 3h da manhã, quando os moradores foram despertados por fortes explosões e disparos automáticos. Os criminosos usaram fuzis de calibre 5.56, dinamite em gel e até um drone para monitorar a área durante a ação. A força das detonações destruiu parte do prédio e danificou os caixas eletrônicos.
Durante a fuga, o grupo abandonou uma caminhonete Toyota Hilux roubada semanas antes em Yatytay, no departamento de Itapúa. Dentro do veículo, as autoridades encontraram explosivos de uso militar, semelhantes ao C4, material geralmente empregado em operações de guerra.
Os primeiros indícios apontam que a quadrilha seria formada por paraguaios e brasileiros. Uma testemunha relatou que o líder do bando falava português, o que reforça a suspeita de envolvimento de criminosos da fronteira.
Em um desdobramento inesperado, a polícia confirmou que o drone visto durante o assalto não pertencia aos criminosos, mas a um morador local. O homem, assustado com as explosões, acreditou que o ataque fosse contra seu comércio e sobrevoou a área, registrando imagens que agora podem ajudar nas investigações.
Com oito bancos e duas financeiras, Katueté é uma das cidades com maior concentração de instituições financeiras do departamento de Canindeyú, fator que, segundo as autoridades paraguaias, pode ter atraído o grupo criminoso para a região.
